Manchavam

As cacas em volta manchavam o cheiro da terra.

As grandes carcaças dos navios imóveis manchavam o rio de esguias sombras escuras.

Os cascos lançavam bem alto o barro e manchavam os uniformes de seus cavaleiros.

As luzes das fogueiras do batalhão manchavam a encosta com um mortiço resplendor avermelhado.

Bicos-de-papagaio manchavam de vermelho a cerca que dava para a padaria.

Ou tivesse dormido bem à noite e as olheiras não manchavam muito meus olhos.

E agora manchavam a mais pura das suas relações.

E tudo o que eu via era borrões pretos que manchavam minha visão.

Espirais verdes de abetos e bétulas manchavam a base das encostas.

Os cacos grossos manchavam-se de sangue e borras de vinho tinto haviam embebido a terra.

Nenhum resíduo de neve ou pegadas molhadas manchavam as passadeiras ou o piso de mármore.

E minhas lágrimas eram gotas de sangue que manchavam minhas mãos quando eu enxugava o rosto.

Poças de algo que parecia grudento e escuro manchavam o chão.

Os degraus não tinham sido esfregados de manhã e as marcas de pés sujos manchavam a pedra branca.

Arroios escuros de rímel manchavam-lhe a blusa.

Placas de ferrugem e de tinta bege manchavam os blocos de concreto sob as rodas.

Lágrimas amarelas de cerveja manchavam o rosto dela.

Pingos do sangue de Fallow manchavam o vestido até a altura dos joelhos.

As riscas marrons que manchavam seu rosto não disfarçavam a exaustão que havia nele.

Os sumos vermelhos do paan manchavam os dentes e os lábios que sorriam.